A Austrália aprovou uma lei proibindo crianças com menos de 16 anos de usarem redes sociais, gerando um grande debate em todo o país.

A lei exige que as plataformas de redes sociais impeçam os australianos menores de idade de acessarem suas redes. O descumprimento pode resultar em multas de até 32.000.000 de dólares. As restrições provisórias começarão em janeiro de 2025, com a aplicação total prevista para o ano seguinte. Vale ressaltar que a proibição não se aplica a aplicativos de mensagens, plataformas de conteúdo educacional (incluindo o YouTube) ou plataformas de jogos.

Embora esta seja a primeira vez que restrições de idade como essa são implementadas na Austrália, mais governos estão considerando legislações semelhantes devido a preocupações sobre o impacto das redes sociais na saúde mental. Legisladores australianos, incluindo pais de crianças que sofreram bullying online, destacaram a necessidade urgente de regulamentação.

Essa lei representa um difícil equilíbrio. Por um lado, tais medidas indiscutivelmente violam a liberdade de expressão e podem ser vistas como uma forma de controle governamental sobre a vida das pessoas. Por outro lado, as redes sociais estão longe de serem inofensivas, frequentemente contribuindo para a radicalização, pressão social e desafios de saúde mental, especialmente entre os usuários jovens.

A decisão da Austrália pode estabelecer um precedente para práticas globais à medida que as sociedades tentam estabelecer hábitos saudáveis na internet e abordar os impactos negativos das redes sociais. Embora erros sejam inevitáveis em tais esforços pioneiros, esse passo pode ser o começo de um movimento maior para gerenciar a influência de uma tecnologia que tem remodelado rapidamente nosso mundo.

Imagem principal: DALL-E