Jogos da série Marvel vs Capcom

Os jogos de luta da série Marvel vs. Capcom são lançados há cerca de vinte anos em diversas plataformas e, durante esse tempo, conquistaram uma grande base de fãs. A colaboração entre duas das empresas mais conhecidas do mundo não se tornou um padrão de referência no gênero, mas é valorizada principalmente pela oportunidade de colocar Wolverine e Chun-Li na arena e descobrir quem é o mais forte.

Neste artigo, vamos falar sobre todos os projetos desta incrível série em ordem cronológica.

X-Men vs. Street Fighter

Imagem: reddit.com

Apesar do lançamento do jogo em 1996, a história da interação entre as duas empresas começou em 1994 com o lançamento de X-Men: Children of the Atom, que é um dos primeiros crossovers na indústria de jogos e o primeiro título desenvolvido pela Capcom para a franquia Marvel. Tanto nesse projeto quanto no seguinte, Marvel Super Heroes, lançado em 1995, ainda não havia personagens de Street Fighter, mas o conjunto de heróis do terceiro projeto já era evidente.

Imagem: romhustler.org 

Em X-Men vs. Street Fighter, pela primeira vez na história, mutantes e lutadores de rua se enfrentaram em uma batalha corpo a corpo. O jogo de luta tinha tudo de incrível: cenários detalhados, sons e músicas aprimorados, e os princípios fundamentais do sistema de combate, nos quais a Capcom era especialista: rolamentos, combos no chão e no ar, solo destrutível, e a barra de superpoder chamada "Hyper Combo Gauge"...

Foi um excelente início para uma longa colaboração, ofuscado apenas pelo port para o Playstation 1, do qual foram removidas algumas animações e o gameplay foi levemente reduzido, resultando em avaliações mais baixas dos críticos para essa versão.

Marvel Super Heroes vs. Street Fighter

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Inicialmente, o jogo de luta foi lançado em fliperamas, e em 1998 foi portado para o Sega Saturn e Playstation 1. Desta vez, os desenvolvedores superaram a si mesmos, e ambas as versões receberam altas avaliações.

O título pode ser considerado uma excelente continuação da primeira parte: animação melhorada, gráficos aprimorados, alguns personagens antigos substituídos por novos. Nas versões japonesas do título, também havia um lutador exclusivo chamado Norimaro, disponível apenas nessa região.

Uma das principais inovações foi o sistema "Variable Assist", ou seja, a ajuda de um parceiro que pode atacar o oponente, surgindo rapidamente na tela. Isso abriu possibilidades para combinações inesperadas, e essa função se tornou uma característica duradoura na série.

Aqui, estavam disponíveis apenas heróis da Marvel e de Street Fighter, o que mantinha um certo ar de super-heroísmo. Já na próxima parte da franquia, os desenvolvedores mudaram um pouco o rumo.

Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes

Imagem: Ensigame

Como o próprio nome sugere, neste jogo de luta, outros heróis do universo criado pela Capcom também apareceram nas arenas, como Mega Man e Morrigan Aensland. Muitos desses personagens se tornaram "Special Partners", assistentes que surgem durante a batalha. Este sistema evoluiu a partir do "Variable Assist" e passou por algumas modificações.

Os desenvolvedores se esforçaram para diversificar ao máximo o conjunto de heróis, embora o número deles tenha diminuído para quinze. Também foram adicionados seis personagens secretos, mas, infelizmente, muitos deles eram apenas variações de sprites de outros lutadores.

O jogo foi lançado para os consoles Dreamcast e Playstation 1, e no primeiro havia cinco modos: Arcade, Versus, Training, Survival e Cross Fever, oferecendo sempre algo para fazer no título. A versão para o console da Sony foi novamente reduzida devido às limitações de memória RAM. Apesar de muitos problemas técnicos, o projeto ainda é considerado uma lenda.

Como era de se esperar, os críticos receberam calorosamente a versão do título para o console da Sega, o que não pode ser dito do segundo port, que recebeu avaliações ligeiramente inferiores. No entanto, o próximo projeto da franquia ofuscou o sucesso de todos os títulos anteriores.

Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes

Imagem: fightersgeneration.com 

Começou a era do 3D. Graças à popularidade explosiva de Quake, Unreal Tournament e Half-Life, cada vez mais desenvolvedores estavam abandonando a rapidamente obsoleta gráfica bidimensional. Na série Marvel vs. Capcom, essa revolução também aconteceu, mas de forma cautelosa: os lutadores desenhados à mão batalhavam em uma arena tridimensional.

Falando em heróis… Agora são 56! Três personagens podiam se enfrentar na batalha ao invés de dois, como nos jogos anteriores. As possibilidades de combinações aumentaram exponencialmente, tornando as lutas mais envolventes, dinâmicas e divertidas. Afinal, não se vê todos os dias Captain Commando, Iron Man e Jill Valentine na mesma equipe!

No entanto, a fórmula do gameplay permaneceu absolutamente a mesma: estamos diante de um projeto de luta clássico, no qual é simplesmente agradável passar o tempo. Os críticos foram mais generosos nos elogios, chegando a chamar o projeto de um dos melhores títulos do gênero, destacando tanto o sistema de combate equilibrado quanto a trilha sonora interessante e incomum.

Apesar das altas avaliações, os fãs tiveram que esperar dez anos para o próximo título da franquia.

Marvel vs. Capcom 3: Fate of Two Worlds

Imagem: komputerswiat.pl 

O silêncio de uma década dos desenvolvedores foi causado por um dos problemas mais desagradáveis na indústria de jogos: a Capcom havia perdido os direitos autorais para usar os personagens da Marvel em seus projetos.

No entanto, o conflito foi resolvido (eles readquiriram a licença) e, em 2008, o desenvolvimento começou a todo vapor, com a tão esperada continuação sendo lançada em 2011. O número de personagens jogáveis foi reduzido para trinta e seis. No entanto, eles foram mais elaborados, com diálogos e piadas, e o próprio autor de quadrinhos Frank Tieri foi encarregado de escrever várias finais para o título.

A nova abordagem dos desenvolvedores foi reduzir a dificuldade, mas maximizar a profundidade do gameplay. Em vez de quatro botões de ataque, agora havia três, com a adição de um botão extra para lançar os oponentes ao ar, uma nova mecânica chamada "X-Factor", que temporariamente fortalece os lutadores, e até mesmo um modo de controle simplificado para gamers que não estão familiarizados com jogos de luta.

Em suma, o experimento foi bem-sucedido, e o projeto recebeu altas avaliações dos críticos tanto no Xbox 360 quanto no PlayStation 3. A próxima e última parte da franquia continuou esse caminho de sucesso.

Marvel vs. Capcom: Infinite

Imagem: tomsguide.com 

Este título não conseguiu escapar de problemas jurídicos, que, felizmente, não afetaram muito os fãs. Em 2012, a Capcom novamente perdeu os direitos sobre os personagens da Marvel, mas o conflito foi resolvido, e em 2017 os desenvolvedores agradaram os fãs com o crossover mais completo entre os dois universos.

O título não ofuscou o sucesso dos títulos anteriores. Aqui, trinta personagens foram profundamente trabalhados, assim como na parte anterior. Além disso, foi introduzido um enredo real e bastante sério, centrado nas Pedras do Infinito. Essas pedras, aliás, se tornaram um novo elemento do gameplay — ao usá-las, o jogador pode conferir habilidades diversas aos seus lutadores.

O sistema de combate, por assim dizer, retornou ao clássico controle com quatro botões de ataque. No entanto, para os jogadores que estão se familiarizando com o gênero, foi adicionado o modo "autocombo", que ajuda a realizar séries de golpes. As equipes agora são compostas por dois lutadores.

Em suma, o último jogo da franquia se mostrou dinâmico, espetacular e impressionante. Fãs e críticos avaliaram o título de forma positiva, e ele continua sendo a parte favorita de muitos gamers.

Esperamos que você tenha gostado do nosso artigo sobre o crossover Marvel vs Capcom. Você tem algum jogo favorito dessa série? Não deixe de comentar!

Imagem principal: wallpaper.mob.org