Em dezembro, a Epic Games venceu um processo contra a Google relacionado à potencial monopolização da Play Store. Este mês, a corporação continua sua atuação ativa na arena legal, entrando com mais um grande processo — desta vez contra a Samsung e, mais uma vez, contra a Google. A questão é a função Auto Blocker: ela desativa a opção de instalar aplicativos de fontes não autorizadas em smartphones da Samsung e bloqueia atividades potencialmente maliciosas.

Desde o verão de 2024, esse recurso foi habilitado por padrão em novos dispositivos, o que significa que os usuários devem desativá-lo manualmente se precisarem baixar aplicativos de lojas alternativas. A Epic alega que as duas gigantes da tecnologia conspiraram para limitar a concorrência, já que todas as outras plataformas, incluindo a loja móvel da Epic, EGS, são rotuladas como provenientes de "fontes desconhecidas" quando as pessoas tentam instalá-las.

Segundo a Epic, isso deixa os proprietários de smartphones da Samsung sem escolha, a não ser obter aplicativos da Google Play Store. Os usuários têm que realizar vinte e um passos para desligar o Auto Blocker. A Epic Games quer proibir a Samsung de ativar a função Auto Blocker por padrão e busca compensação financeira por todas as perdas incorridas.

Em conversas com jornalistas, Tim Sweeney mencionou que a empresa atualmente não possui evidências diretas de conluio entre a Samsung e a Google, mas espera que isso venha à tona durante os processos judiciais. Sweeney também admite que ainda não podem comprovar que a função Auto Blocker da Samsung resultou em lucros perdidos para a Epic Games.

Sweeney teria solicitado que a liderança da Samsung desativasse a função Auto Blocker ou fornecesse uma maneira para que "aplicativos legítimos" pudessem contornar a barreira automaticamente, mas nenhum acordo foi alcançado.

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